O secretário de Estado das Comunidades
admite que a emigração ilegal de portugueses está a aumentar.
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O secretário de Estado das comunidades, José Cesário,
admite, em declarações à TSF, que por causa do desemprego este ano se podem
repetir os números do ano passado em que o Governo estimou que saíram do país
perto de 100 mil portugueses.
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O governante admite que a emigração para
fora da Europa está a aumentar e admite estar preocupado com um fenómeno que
está a aumentar: a emigração ilegal. José Cesário admite que são recorrentes os
casos de portugueses que emigram de forma ilegal para países como os Estados
Unidos, Canadá e Brasil.
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Portugal perdeu 65 mil jovens activos num
ano
Em apenas um ano, de Junho de 2011 a Junho de 2012,
desapareceram 65 mil jovens com idades entre os 25 e os 34 anos da população
activa portuguesa. Uma queda que se acelerou nos primeiros seis meses deste ano
com uma perda de 44 mil jovens, de acordo com os dados do Instituto Nacional de
Estatística citados pela TSF .
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Uma parte da descida na população activa,
ou seja nas pessoas que estão disponíveis para trabalhar (empregadas ou
desempregadas), está relacionada com uma população portuguesa que vai ficando,
aos poucos, cada vez mais velha, mas os especialistas contactados pela TSF
admitem que grande parte se deve à emigração.
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O envelhecimento não
explica tudo. Os inquéritos do INE ao mercado de trabalho revelam que a perda de
população activa em Portugal é muito forte sobretudo nas idades entre os 25 e os
34 anos: entre Junho de 2011 e Junho de 2012 desapareceram 65 mil jovens activos
com estas idades, numa descida de 4,7 por cento que se agravou nos primeiros
seis meses deste ano quando deixaram de aparecer mais de 40 mil jovens
activos.
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À TSF, Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos da
Universidade de Lisboa, sublinha que a queda foi ainda maior entre os homens o
que só pode estar relacionado com a emigração que se sabe que tende a ser maior
entre o sexo masculino que foi ainda mais afectado pela crise e pelo
desemprego.
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Os números da população activa ajudam a confirmar que são os
mais novos quem está a sair mais do país e Jorge Malheiros explica que tudo
aponta para uma emigração que está a ser feita maioritariamente (mas não só) por
quem tem idades até aos 30 e poucos anos.
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As estatísticas do INE revelam
ainda que a população activa com ensino superior está a crescer menos do que a
população total com essa mesma formação. O geógrafo da Universidade de Lisboa
acredita que essa diferença se deve ao facto de existirem jovens que acabam o
seu curso e nem entram no mercado de trabalho ou procuram emprego em Portugal,
pelo que nunca chegam a fazer parte a ser população activa nacional. Ou seja,
contínua Jorge Malheiros, são jovens licenciados "que saem logo face à ideia que
progressivamente se instala na sociedade portuguesa de que aqui não há muitas
oportunidades".
Fonte: Jornal
Económico
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