domingo, 18 de novembro de 2012

Uma boa ideia de Abílio Vilaça

O IMI no Combate ao Desemprego Local


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O Desemprego é atualmente um problema sério que requer medidas inteligentes. Como referi num artigo anterior, o desemprego começa por ser um problema local, da Freguesia, do Concelho, da Região, antes de se transformar numa estatística nacional. Só é tratado como problema nacional quando a estatística assume valores elevados como aqueles que se apresentam em Portugal, na Espanha ou na Grécia.
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Tenho através das minhas crónicas procurado dar sugestões que podem contribuir para desenvolver soluções úteis e estruturantes. Recordo a sugestão de se prepararem Guias Residentes dos Santuários para trabalharem nos mais de 4.000 monumentos de valor turístico no domínio do cultural e religioso existentes em Portugal.
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Abordei também a possibilidade de se criarem oportunidades para jovens qualificados através da transformação dos Centros e Galerias Comerciais de primeira geração em viveiros de empresas de comércio e serviços. Estes centros, geralmente bem localizados, têm ao nível da cave e do primeiro andar muitas lojas devolutas. Uma vez dinamizados, podem assumir-se como fonte de experimentação empresarial e de lançamento de novas oportunidades empresariais, com novos protagonistas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cabo Verde - Desemprego entre os residentes em Portugal preocupa Governo


Cabo Verde
Desemprego entre os residentes em Portugal preocupa Governo
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Cidade da Praia - A ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes, afirmou segunda-feira que com a crise económica, a situação dos cabo-verdianos residentes em Portugal está a preocupar o Governo, que já tomou algumas medidas para minimizar o problema.
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"A comunidade cabo-verdiana em Portugal está a passar por uma situação complicada, sabendo que trabalha sobretudo em sectores muito afectados pela crise, como a construção, a restauração e o turismo", disse.

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Acrescentou que a "nossa comunidade está muito afectada pelo desemprego e há uma preocupação acrescida do Governo relativamente à sua sobrevivência".

Segundo a ministra das Comunidades cabo-verdiana, é por isso que, em concertação com a embaixada de Cabo Verde em Portugal e o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), o Governo de Cabo Verde está a identificar casos "mais prementes", principalmente entre os mais idosos, que não têm qualquer meio de sobrevivência, para que se encontrem soluções para minimizar a situação.
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Neste momento, estamos a começar por dois concelhos, Oeiras e Sintra, para identificar os casos mais vulneráveis e ver, em concertação com as autoridades portuguesas, como os resolver", referiu.

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Fernanda Fernandes explicou ainda que, por proposta de Cabo Verde, vai ser retomado o grupo de trabalho consultivo Cabo Verde/Portugal, antecipando a cimeira entre os dois países (de 01 a 03 de Dezembro), para trabalhar as áreas da segurança social, nacionalidade e educação, e identificar e encontrar soluções para os problemas.


 

Europa se mobiliza contra austeridade com greves e protestos

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A Europa está mobilizada nesta quarta-feira contra a austeridade em um dia marcado por greves gerais e protestos, que paralisam principalmente Espanha e Portugal, dois dos países mais frágeis da região, onde a indignação popular cresce cada vez mais pelo desemprego e pela precariedade.
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Itália e Grécia também integram o movimento, enquanto em outros países, como França ou Alemanha, foram feitas convocações para manifestações nas ruas contra a austeridade.
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"Esta primeira greve ibérica" é "um sinal de grande indignação e uma advertência às autoridades europeias", afirmou Armenio Carlos, secretário-geral do CGTP, o principal sindicato português.
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Já na Espanha, ainda de madrugada - coincidindo com os turnos noturnos das empresas - piquetes informativos se instalaram nas portas das estações de trem, mercados, fábricas ou lojas de cidades como Madrid ou Barcelona com bandeiras vermelhas com os símbolos dos sindicatos espanhóis UGT e CCOO.
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Na capital, os manifestantes carregavam grandes cartazes com o slogan do dia: "Nos deixam sem futuro, há culpados, há soluções", fazendo referência ao desemprego que atinge um quarto da população economicamente ativa do país.
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Em Madri, duas pessoas foram detidas após confrontos entre manifestantes e policiais, depois que as forças de segurança tentaram dispersar manifestantes que bloqueavam a "Gran Vía", uma das avenidas centrais de Madri.
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De acordo com o ministério do Interior espanhol, foram registrados "incidentes isolados" desde a manhã desta quarta-feira em várias cidades, com um saldo de 34 feridos, incluindo 18 policiais, e 62 pessoas foram detidas.
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Desde a última greve geral, em 29 de março, as manifestações se sucedem contra as políticas de austeridade implementadas pelo governo, que preveem 150 bilhões de euros de economia até 2014 e que afetam duramente os mais vulneráveis.
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Portugal também está em ponto morto nesta quarta-feira, com trens e metrôs fora de funcionamento e muitos aviões parados nos aeroportos, em uma mobilização convocada pelo CGTP para protestar contra as medidas de austeridade do governo de centro-direita.
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"Fora a troica", diziam os cartazes espalhados por Lisboa exigindo a saída dos credores de Portugal, que avaliam atualmente as medidas de austeridade colocadas em andamento pelo governo em troca de uma ajuda internacional de 78 bilhões de euros, concedida ao país em maio de 2011.
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Na Itália, os protestos contra as políticas do governo deixaram seis policiais feridos, um deles em estado grave, após confrontos com os manifestantes em Milão e Turim, informaram meios de comunicação italianos.
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Ativistas espancaram um policial com paus e tacos de beisebol em Turim, enquanto cinco outros policiais ficaram feridos durante confrontos nas ruas do centro de Milão.
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Roma também era palco de protestos e de uma greve geral de quatro horas, convocados pelo maior sindicato do país, CGIL.
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"Somos a Europa que se rebela, não devemos nada a ninguém", dizia um cartaz gigante em um protesto de estudantes universitários no centro histórico da capital italiana, praticamente bloqueada por quatro marchas diferentes.
Fonte: R7 Noticias

Desemprego na zona do Euro em 2012


Atualmente, no bloco da União Européia, os países que adotam o euro como moeda única são pertencentes à zona do euro. A recente crise global iniciada nos EUA, em 2008, atingiu a Europa, e tornou-se numa questão econômica difícil que tem gerado altos índices de desemprego no antigo continente.
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A zona do euro abrange a Bélgica, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, o Chipre, Luxemburgo, Malta, os Países Baixos, a Áustria, Portugal, a Eslovênia, Eslováquia e a Finlândia. No início de 2012, a região da zona do euro registrou aumento no número do desemprego.
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Em janeiro de 2012, a taxa de desemprego atingiu 10,7 % e 10,8% no mês de fevereiro, números recordes desde 1997. Os dados foram publicados pela Eurosat, empresa de estatísticas da EU (União Europeia).
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Essa taxa de desemprego considerou trabalhos de idade entre 15 a 74 anos. Considerando toda a zona do euro, o desemprego atingiu o percentual de 10,2 em fevereiro, ante 10,1% registrado em janeiro de 2012. Na zona do euro o desemprego atingiu, nesse período, 17,12 milhões de pessoas. Na UE o número de desempregados atingiu 24,5 milhões de pessoas, das quais 5,4 milhões são jovens.
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Além da crise econômica, a consequente diminuição de gastos por parte dos governos e da confiança dos setores privados têm sido as principais causas do aumento do número de desempregados na Europa.
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As piores taxas de desemprego foram detectadas em países mais vulneráveis à crise, em primeiro lugar ficou a Espanha com 23,6%; a Grécia, 21%; Itália, 9,3%; e Chipre, 9,7%. O desemprego tem atingido menos a Áustria, Holanda, Luxemburgo e Alemanha.
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Considerando o período de janeiro/fevereiro de 2011 com o de 2012, o desemprego caiu bastante na Lituânia, Letônia e Estônia. Considerando a taxa por sexo, o desemprego aumento entre os homens de 9,7% para 10,7%; e entre as mulheres de 10,3% para 11% no mesmo período de janeiro e fevereiro de 2012.
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Em setembro de 2011, por exemplo, a taxa de desemprego já havia atingido 16,198 milhões de pessoas, um recorde desde 1998. Somente no mês de agosto de 2011, 188.000 trabalhadores perderam seus postos de trabalho.
Fontes:http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=337236&modulo=968&origem=ultimahora-wide
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/04/02/desemprego-na-zona-do-euro-atinge-nova-maxima-em-fevereiro.jhtm
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2011/10/31/desemprego-na-zona-do-euro-atinge-recorde-em-setembro.jhtm

Homens já representam mais de metade dos desempregados

Homens já representam mais de metade dos desempregados

Taxa de desemprego entre homens e mulheres
Desemprego entre homens e mulheres
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Com o desemprego a aumentar em Portugal, os homens continuam a ser os mais afetados pelos números. .
No terceiro trimestre de 2012, o INE contabilizou 870 mil portugueses sem emprego, o sexo masculino representou 53,8% dos números. Há cerca de um ano que os homens portugueses são os mais afetados com o desemprego em Portugal.
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Se há um ano atrás os homens representavam 51,5% dos desempregados, contra 48,5% de mulheres, atualmente os homens representam 53,78% dos desempregados, contra 46,21% de mulheres.
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Em compensação, a taxa de inatividade das mulheres excede a dos homens em 12,2 pontos percentuais: 44,5% das mulheres são inativas, contra 32,3% dos homens. Tanto homens como mulheres viram a taxa de inatividade crescer 0,5 pontos percentuais.
Fonte: Dinheiro Vivo

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Empresário alemão: "Temos que abrir as portas das empresas industriais e dar formação"

Empresário alemão: "Temos que abrir as portas das empresas industriais e dar formação"

Arndt Kirchhoff
Arndt Kirchhoff é presidente da empresa
          
Arndt Günter Kirchhoff, presidente da direção da Kirchhoff Automotive, acredita que um dos caminhos que Portugal deve seguir é dar formação aos jovens desempregados, abrindo as portas das empresas. .
"O fundamento para a indústria e para a inovação é a formação", referiu o responsável, no segundo painel do Encontro Empresarial Luso-Alemão no CCB. A Kirchhoff, que produz componentes automóveis, está certificada para receber aprendizes e formandos de outras empresas. "Só posso recomendar: vamos buscar todos os jovens desempregados para estas formações", indicou.
"Temos que abrir as portas das empresas industriais e temos que fazer formação. Algumas empresas estão a funcionar muito bem a esse nível para tirar os jovens desempregados da rua."
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Kirchhoff sublinhou que dois terços do crescimento na Alemanha referem-se à indústria e serviços e que é necessário voltar a consolidar a base industrial. "Infelizmente a Europa foi no sentido errado. O Tratado de Lisboa queria gerar indústria e postos de trabalho e gerou o contrário", opinou.
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O presidente referiu que Portugal tinha uma quota de 18% a 20% de base industrial há 20 anos e que decresceu para 13%, algo que pode ser mudado - como a própria Alemanha fez.
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"Portugal está a implementar as reformas que nós implementámos há oito anos. São exatamente as mesmas reformas estruturais que Portugal está a fazer agora, na minha opinião", indicou, exemplificando com a flexibilização dos horários de trabalho.
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O problema, explicou, é que isto leva o seu tempo e "não temos muita paciência", pelo que "vamos ter de inventar algo para que seja mais rápido."
Fonte: Dinheiro Vivo

Portugal quer mais 50% de jovens no ensino profissional em dois anos

Portugal quer mais 50% de jovens no ensino profissional em dois anos

O Governo vai apostar e reforçar o ensino técnico-profissional e gostaria de ter dentro de um a dois anos mais 50% de jovens nesta área de ensino. Um dos objectivos deste projecto de ensino dual de formação profissional, inspirado no sistema alemão, é reduzir o desemprego jovem.



"Queremos desenvolver um sistema dual de ensino profissional, aplicado na Alemanha com imenso sucesso (...). Gostaríamos que dentro de um ou dois anos tivéssemos mais 50% de alunos neste sistema de ensino. Será também uma forma de reduzir o desemprego jovem", afirmou o ministro da Educação e da Ciência.
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Nuno Crato falava antes de iniciar a sua intervenção no encontro entre empresários portugueses e alemães que está a decorrer no CCB, no âmbito da visita da chanceler Angela Merkel a Portugal.
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O ministro, que esteve em Berlim na semana passada para falar com autoridades alemãs sobre o sistema dual de ensino profissional - onde os estudantes dividem o tempo entre a escola e as empresas -, garante que o governo não irá copiar o modelo alemão, mas adaptá-lo. Por isso, explicou, os jovens que estiveram a seguir a via profissional poderão seguir depois para a universidade, diferente do que acontece na Alemanha.
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O governo português, adiantou o ministro, vai fazer parcerias com autoridades e empresas alemãs, não só na área do ensino dual, mas também científico. "Haverá programas de doutoramento, feito em cooperação entre empresas e universidades", afirmou.
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Nuno Crato avançou que há outros países a estudar o sistema alemão, como é o caso dos espanhóis. Entre as áreas em que se irá apostar no ensino dual está: o design, tecnologias, fotografia moldes plásticos, exemplificou o ministro.
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O projecto irá envolver bastante os institutos politécnicos e escolas profissionais, adiantou.O país precisa de mais trabalhadores com qualificações técnicas médias para desenvolver a indústria, defendeu o Ministro. "O combate ao desemprego é fundamental", sublinhou. Nuno Crato adianta que o Ministério está a trabalhar com várias escolas de referência espalhadas pelo país para implementar este sistema.
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Temos de fazer este investimento, apostando na inovação, em conjunto com a indústria, frisou o ministro. A indústria alemã aumentou o investimento em inovação em 14,8% em 2012, avançou entretanto Paul Bauwens-Adenauer, vice-presidente da Confederação das Câmaras Alemãs de Comércio e Indústria.


Fonte: Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-quer-mais-50-de-jovens-no-ensino-profissional-em-dois-anos=f766371#ixzz2C3j2tD9Z

domingo, 11 de novembro de 2012

Bruxelas perspetiva recorde de desemprego em 2013 na União Europeia


      
 
Perspetivas da Comissão Europeia colocam economia portuguesa a regredir um por cento, em 2013. Bruxelas coloca ainda o desemprego na Europa na taxa recorde de 16,4 por cento. Previsões de outono de Bruxelas são mais pessimistas que as do Governo, numa análise a 2014.
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As previsões de outono feitas pela Comissão Europeia nesta quarta-feira, sobre a evolução do quadro económico em Portugal, na União Europeia e Zona Euro nos próximos dois anos, aponta no sentido de uma quebra do crescimento para Portugal em 2013, sendo que apenas no segundo semestre a média da União será positiva.
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Portugal só deve regressar ao crescimento em 2014, segundo perspetiva Bruxelas. Já no conjunto dos países União Europeia, somente no segundo semestre de 2013 deverão notar-se os primeiros sinais de recuperação, em cerca de 0,4 por cento. Já nos países que partilham a moeda, esse crescimento será residual: 0,1 pontos percentuais.
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Também na Europa se vislumbra um indicador a subir: o desemprego. A taxa deverá bater em novos máximos, segundo a Comissão Europeia: 16,4 por cento de desempregados, em 2013.
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Estas previsões de outono feitas pela Comissão Europeia não coincidem com as do Governo. Segundo Bruxelas, em 2014 Portugal deve registar um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 0,8 por cento, enquanto o Governo coloca a fasquia do crescimento nos 1,2 por cento.
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As previsões da Comissão estão em linha com o que fora estimado há um mês, em Portugal, ao abrigo da quinta avaliação do memorando rubricado com a troika. As perspetivas de crescimento são, no entanto, inferiores.
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As perspetivas são desanimadoras para os países da periferia, com Itália e Espanha em ‘maus lençóis’. A previsão de outono surge no dia em que a Grécia vai votar mais um pacote de austeridade, que tenta evitar a bancarrota.
Fonte: Economia

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

IEFP terá disponíveis 933 milhões de euros para combater desemprego

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) terá ao seu dispor 933 milhões de euros do Orçamento do Estado para 2013 destinados ao combate ao desemprego, revelou hoje o ministro da Economia e do Emprego.
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Numa intervenção proferida no Parlamento, onde está a ser ouvido no âmbito do Orçamento para o próximo ano, Álvaro Santos Pereira revelou que o IEFP terá ao seu dispor, já em janeiro, 933 milhões de euros "para combater o desemprego: 380,4 milhões de euros provenientes de fundos comunitários e, o restante, proveniente da Taxa Social Única (TSU)".
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"O combate ao desemprego é um combate que todos nós temos de fazer. É insustentável ter as taxas de desemprego como temos", afirmou Santos Pereira, ressalvando que tem de haver um esforço por parte do IEFP para divulgar as medidas de apoio ao emprego disponíveis.
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No que concerne ao ‘Estímulo 2012’ existem, até ao momento, 13 mil ofertas de emprego, contabilizou o ministro, lamentando o facto de "as pessoas ainda não conhecerem bem as medidas".
"Tem de haver um esforço da parte do IEFP, aí faço ‘mea culpa’, temos de reforçar a divulgação destas medidas", assumiu Santos Pereira, classificando de "inaceitável" a elevada taxa de imigração entre os jovens.
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"É inaceitável que o país apresente estas taxas de imigração. Muitos dos jovens que saíram, temos de arranjar maneira de eles voltarem. Temos de criar condições para voltar a crescer e a única maneira é apostar no setor produtivo", afirmou.
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Em jeito de balanço, Santos Pereira referiu que ao abrigo do ‘passaporte emprego', existem já 628 abrangidos. Já no âmbito do programa ‘vida ativa’, foram abrangidos até ao momento 205 mil desempregados, dos quais 75 mil foram reencaminhados para formação.
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De acordo com os números avançados pelo ministro da tutela, "a formação profissional aumentou 26,2% face a setembro de 2011. No âmbito da reabilitação profissional, há um aumento superior a 15% face a setembro de 2011".
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Santos Pereira apresentou este balanço aos deputados, depois de questionado pela oposição - PS, PCP e BE - sobre a aplicação das medidas de combate ao desemprego e de apoio ao emprego
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

O desemprego em Portugal, é o problema Social mais grave neste momento


Em Maio de 2012, na conferência de imprensa de encerramento do conselho para a globalização 2012, em Cascais, Cavaco Silva, referindo-se ao crescimento económico e à dimensão atingido pelo desemprego no nosso país, afirmou textualmente o seguinte: “Eu já tive a ousadia de afirmar que face aos indicadores positivos que tenho recolhido um pouco por todo o país - no domínio da inovação, da criatividade, da melhoria da qualidade dos produtos e da vontade exportadora do nosso tecido empresarial – que existir alguma possibilidade de inversão da tendência no segundo semestre deste ano"
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Se esta declaração fosse ou se revelasse verdadeira, ter-se-ia crescimento de emprego sem crescimento económico, ou melhor, com recessão económica. Dito por um presidente, que se afirma também economista, tal afirmação não deixa de ser insólita. Interessa, por isso, esclarecer esta questão que é importante, até para que não se criem ilusões que só servem para adiar uma politica de crescimento económico que é necessária, só possível de implementar com uma intervenção intensa do Estado, pois os privados não investem por mais declarações que se façam. O adiamento de tal politica está a tornar o problema muito mais grave quer sob ponto de vista social quer de resolver.
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Em primeiro lugar, o desemprego é o problema social mais grave que o país enfrenta neste momento; depois, porque as próprias previsões oficias de crescimento da economia portuguesa, quando conseguir sair da recessão económica em que está mergulhada (e não se sabe ao certo quando isso acontecerá) são muito reduzidas, para não dizer que apontam para um crescimento anémico. No Documento de Estratégia Orçamental 2010-2016 do XIX governo prevê-se que “em todo o horizonte da projecção (2010/2060), o PIB real crescer abaixo dos 2%” (pág. 39.). E esta previsão é ainda agravada pela aprovação do chamado Pacto Orçamental a nível da Zona Euro que impõe aos países um défice estrutural máximo de 0,5% do PIB, o que impede, se for respeitado, que o Estado possa ter qualquer politica de promoção do crescimento económico.
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Assim, a questão que é importante esclarecer é se é possível haver, não uma redução da taxa de desemprego, mas pelo menos um crescimento liquido do emprego sem crescimento económico como afirmou Cavaco Silva, ou mesmo com um crescimento anémico como apontam as previsões oficiais; por outras palavras, se as declarações de Cavaco Silva e as posteriores de Passos Coelho, de que 2013 será o ano da inversão da situação, têm alguma consistência/credibilidade técnica. Para responder de uma forma objectiva a esta questão, interessa analisar, com a base na experiência passada, a correlação que existe em Portugal entre taxa de variação PIB real, taxa de variação do emprego, e taxa de desemprego.
Fonte: no Enigma

Foto de Arquivo (foto D.R.)
Desemprego deve disparar para nível recorde em 2013
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Bruxelas prevê que a taxa de desemprego em Portugal aumente para o nível recorde de 16,4 por cento no próximo ano. Em 2013 está ainda prevista uma contração de 1 por cento da economia.
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De acordo com as estimativas hoje reveladas pela Comissão Europeia, a taxa de desemprego em Portugal deverá atingir o maior nível de sempre em 2013 e depois recuar ligeiramente em 2014, para os 15,9 por cento.
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Apesar de as previsões apontarem para um cenário de recessão da economia portuguesa, a Comissão Europeia estima que o segundo trimestre de 2013 será marcado por uma melhoria da situação, assistindo-se ao início da retoma da economia.
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Quanto à economia da zona euro, prevê-se um crescimento ligeiro em 2013, de 0,1 por cento, enquanto no conjunto dos 27 estados da União Europeia é estimado um crescimento de 0,4 por cento.
Fonte: A Bola.pt

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sonho americano atraiu mais de 800 portugueses no ano passado.

Sonho americano atraiu mais de 800 portugueses no ano passado. Um em cada três luso-americanos vota em Obama
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O número de emigrantes para os EUA aumentou 8,7% em 2011, mas este mercado está longe de ser o destino atraente que foi nos anos 70.
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Com Portugal afectado por uma crise que já levou a taxa de desemprego a atingir os 15,9%, o número de portugueses que tentam escapar à má situação económica, procurando trabalho no estrangeiro, está a atingir números recorde. Só no ano passado saíram do país mais de 100 mil pessoas. E entre os destinos preferidos estão os EUA.
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Segundo os dados oficiais do Departamento de Estado norte-americano, 821 cidadãos nacionais obtiveram vistos de residência permanente no país em 2011, um aumento de 8,7% face ao ano anterior. Apesar desta subida, porém, os valores registados nos EUA estão muito longe da média anual de 2.549 vistos emitidos nos anos 90, para não falar do recorde de mais de dez mil vistos por ano registado durante a década de 70.
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"A imigração de portugueses para os EUA registou uma forte subida nos anos 60 e 70, mas tem vindo a recuar consistentemente desde então. Só começou a aumentar ligeiramente por volta de 2008, mas não a ponto de chegar sequer aos valores de 2005 ou 2006", notam as autoridades norte-americanas. Em contraste, o Brasil recebeu cerca de metade da emigração lusitana do ano passado.
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Para Fernando Gomes, presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, o motivo pelo qual os EUA não receberam mais emigrantes portugueses em 2011 ficou a dever-se ao facto de, a partir de Março desse ano, a embaixada norte-americana em Lisboa e o consulado em Ponta Delgada terem deixado de emitir vistos de imigração para os EUA, passando os portugueses que desejem trabalhar neste país a ser obrigados a deslocarem-se à embaixada americana em Paris para obter esta permissão.
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A medida "é uma forma de dificultar" as entradas no país, tendo em conta a grave situação económica existente em Portugal, admitiu Fernando Gomes em declarações à Lusa.
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Luso-americanos têm uma forte simpatia para com o Partido Democrático
O receio de Washington de que a crise pudesse levar a uma fuga em massa de portugueses para a América é confirmada por Francisco Semião, presidente executivo da Organização Nacional de Luso-Americanos (NOPA), com sede no Estado da Virginia. Admitindo estar mais à vontade a falar inglês do que português, este responsável adianta ao Económico que, "durante as conversas com altos responsáveis federais" percebeu "que existe a preocupação dos portugueses estarem a deixar o país em grandes números". Este temor também pode ter raízes políticas, já que tanto os emigrantes portugueses como os seus descendentes se interessam profundamente pela política americana.
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"Não existimos num vácuo. Estamos atentos ao que nos rodeia", explica Francisco Semião, sublinhando que a comunidade tem uma forte simpatia para com o Partido Democrático. "Numa margem de cerca de três para um, os luso-americanos pendem para Obama", diz o responsável, precisando que, para os luso-americanos "a saúde é um assunto muito importante", estando as opiniões divididas sobre a reforma da Saúde efectuada pelo presidente.
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Congressistas luso-americanos juntam forças
Desde Fevereiro de 2011, graças aos esforços dos congressistas Jim Costa e Dennis Cardozo, foi reconstituído o ‘Caucus' congressional luso-americano. Esta associação de altos políticos norte-americanos, que tem como objectivo defender os interesses da comunidade luso-americana e promover as boas relações entre Portugal e os EUA, é já um dos agrupamentos étnicos mais importantes de Washington. Actualmente com mais de 20 membros activos, incluindo nomes como os representante Barney Frank e Jim McGovern. Esmagadoramente democrata, o ‘Caucus' está a tentar recrutar congressistas entre os republicanos, desejando em particular a adesão do representante Devin Nunes.
Fonte: Económico

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Opinião – Desemprego e pobrez

Joaquim Valente
Para minorar as situações de pobreza em Portugal, o Estado desde o século XIX, de uma forma organizada, é o principal interventor social, a par de outras instituições em especial a Igreja Católica.
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As causas da pobreza não são sempre as mesmas, umas resultam da incapacidade física ou mental para o trabalho, outras, a grande maioria, é de quem quer trabalhar e não tem e não encontra emprego.
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Infelizmente, hoje em Portugal a maior parte da pobreza já está relacionada com o desemprego, que por sua vez tem origem nas políticas financeiras, económicas e sociais levadas a cabo pelo governo.
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De acordo com as estatísticas quase um em cada cinco portugueses em idade activa encontra-se desempregado por causas extrínsecas ao próprio indivíduo principalmente em pessoas que sempre viveram do seu trabalho
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Pelo desemprego são atingidos os jovens, os menos jovens, os mais qualificados, os menos qualificados, desde engenheiros, a professores, pessoal médico, técnicos, administrativos, empregados da restauração e da construção, etc, homens e mulheres que querem ser úteis ao País com o seu trabalho e não o têm.
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Nunca, na história do Portugal Contemporâneo, os índices de desemprego e de pobreza social atingiram tais proporções, com a panóplia de consequências sociais, económicas, psicológicas e culturais.
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A gravidade e os perigos sociais desta pobreza forçada e injusta, é um dado que qualquer governo avisado e sensato devia ter em conta, por tudo aquilo que em si podem representar em termos de convulsões sociais.
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Um pouco de atenção ao evoluir da história do Republicanismo em Portugal é suficiente para se deduzir quão determinante são para a “saúde” política, a estabilidade social, o emprego e o desenvolvimento económico.
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O desemprego, a fome, a indigência social, a iniquidade e a injustiça humanas são “ingredientes explosivos” do ponto de vista civilizacional, com consequências imprevisíveis.
Porque persiste o governo em querer “detonar” tal carga explosiva?
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Ainda esta semana vimos anunciar pelo responsável político do sector o corte de 10% do subsídio de desemprego, com a justificação de que o objectivo principal era fazer regressar os desempregados rapidamente à vida activa. E onde estão os empregos?
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Porque se afronta tão indignamente a vida humana e familiar? O subsídio de desemprego é das tais medidas de protecção social que mais consensos gera em todos os quadrantes ideológicos e na população em geral, por mais brutais e enormes que sejam os impostos a que os Portugueses são obrigados.
Onde estão os políticos que sempre defenderam a doutrina social da Igreja?
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Em Maio comemoram-se duas efemérides muito importantes: a publicação das Encíclicas Sociais da Igreja: a “Rerum Novarum” e a “Centesimus Annus”. Num contexto de grande confrontação social, onde as pessoas estavam à mercê de uns senhores desumanos e impiedosos e à mercê da cobiça desenfreada do sistema financeiro, a Igreja Católica não esteve à margem da grave questão social e Leão XIII apresentou ao Mundo a sua Doutrina Social, onde o pilar base assenta na defesa da dignidade da Pessoa Humana e da Família.
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É actual revisitarmos alguns desses princípios, e tê-los sempre presentes deveria ser um imperativo daqueles que se dedicam à Respública. É o princípio da distribuição dos bens, a reafirmação do princípio da subsidiariedade, o facto da economia de mercado não se poder realizar num vazio institucional, jurídico e político, cabendo ao Estado entre outras coisas vigiar e orientar o exercício dos direitos humanos, com a preocupação de partilha, do amor ao próximo, de modo a que todos possam viver com dignidade humana.
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A democracia ainda possibilita que cada um, no momento certo, possa decidir e ser dono da sua consciência.
Fonte: Beiras.pt

"Se Portugal ficar no Euro o desemprego vai crescer

Consultor e especialista em temas de competitividade olha com descrença para o programa de austeridade do Governo português.

Nenad Pacek, 42 anos, é o fundador da Global Success Advisors.
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O consultor austríaco veio a Portugal a convite da REN dar uma palestra sobre internacionalização. .
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Em entrevista ao Negócios sugere que Portugal teria mais a ganhar abandonando o euro.
Fonte: Económico

Portugueses desempregados em Espanha superam os 8.500

Portugueses desempregados em Espanha superam os 8.500

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O número de portugueses desempregados inscritos nos centros de emprego espanhóis ascendua a 8.523 no final de Setembro, indicam dados divulgados esta segunda-feira pelo Governo espanhol.
.Portugal surge na oitava posição no que toca ao número de desempregados estrangeiros em Espanha, representando 2,75% do total de 309.976 estrangeiros sem emprego.
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A lista é encabeçada por Marrocos, com 64.093 desempregados, o que corresponde a um quinto do total.
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Segue-se a Roménia, com 54.713 desempregados (17,65%) e o Equador, com 25.866 desempregados (8,35%).

Fonte: Dinheiro Digital

sábado, 3 de novembro de 2012

200 bombeiros querem sair da Função Pública para emigrar


200 bombeiros querem sair da Função Pública para emigrar
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Perto de 200 bombeiros profissionais manifestaram intenção de se desvincular da função pública para emigrar, devido a dificuldades económicas, disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP).
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Fernando Curto adiantou que, entre 150 a 200 bombeiros, pediram ajuda a ANBP para se desvincular da função pública para irem trabalhar para o estrangeiro, uma vez que muitos viram o vencimento reduzido em cerca de 200 euros, além da falta de emprego do cônjuge.
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Segundo o presidente da ANBP, em alguns casos, os bombeiros profissionais viram o seu rendimento mensal passar dos 750 para os 570 euros, o que contribuiu para a perda de habitações por falta de pagamento e o incumprimento em encargos com a creche dos filhos.
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Fernando Curto manifestou-se preocupado com esta situação, que considerou grave, tendo em conta que são bombeiros com mais dez anos de serviço e com formação.
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A esta intenção de emigrar dos bombeiros profissionais junta-se a «falta de efectivos das corporações», estimada em cerca de 1.500, e da «sobrecarga de trabalho a que estão sujeitos, sem que lhes sejam pagas centenas de horas extraordinárias».
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De acordo com o também presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), apenas são pagas 60 por cento das horas extraordinárias
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Nesse sentido, os bombeiros profissionais exigem um regime de excepção para novas admissões e progressões nas carreiras, idêntico ao da PSP, e uma regulamentação do horário de trabalho, como aconteceu com os médicos.
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Fernando Curto adiantou que o trabalho dos bombeiros profissionais é idêntico aos dos médicos, pelo que exigem a indexação das horas extraordinárias ao vencimento base e uma revisão do horário de trabalho semanal.
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Para exigir uma resposta às reivindicações apresentadas, a ANBP e o SNBP têm marcado uma manifestação nacional para 20 de Novembro, entre o Terreiro do Paço e a Assembleia da República.
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A ANBP e SNBP têm também convocada uma greve de bombeiros profissionais em todo o país para 27 de Novembro, além de já terem apelados aos associado para se juntarem à greve geral de 14 de Novembro.
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Fernando Curto disse ainda à Lusa que a greve de 27 de Novembro poderá ser desconvocada, caso o Ministério da Administração Interna responda às reivindicações.
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Em Portugal existem cerca de nove mil bombeiros profissionais entre sapadores, municipais, 'canarinhos' e funcionários dos bombeiros voluntários.

Fonte: Lusa/SOL

 

Desemprego até para cargos de chefia


Dispara desemprego em cargos de chefia
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Há mais de 9.300 directores de empresa e altos quadros públicos sem trabalho, mas apenas 100 conseguiram emprego nos primeiros oito meses do ano. Baixas ofertas e salários vão manter-se.
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O número de directores e administradores no desemprego disparou nos últimos quatro anos. Em Agosto, eram 9.306 as chefias inscritas nos Centros de Emprego, quase o dobro do registado em 2008.
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E praticamente todos continuam sem encontrar colocação. Aliás, a resposta dos centros de emprego a estes casos é quase nula: nos primeiros oito meses do ano, surgiram apenas 245 ofertas de trabalho para cargos de chefia, segundo revelam os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). E só 103 vagas foram ocupadas – ou seja, os centros de emprego só conseguiram arranjar trabalho a 1,1% dos altos quadros inscritos.
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Ana, de 37 anos, conhece bem esta realidade. «Desde que estou desempregada, há sete meses, tive uma única oferta para a minha função através do centro de emprego e ofereciam-me 600 euros por mês» – conta ao SOL esta ex-directora financeira de uma empresa na área dos media, explicando que lhe compensa mais manter o subsídio de desemprego de 1.257 euros mensais (o valor máximo permitido no primeiro trimestre do ano, que foi entretanto reduzido para os novos desempregados).
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Maioria dos cortes nas empresas privadas
Em Março passado, a sociedade onde Ana trabalhava, em Lisboa, fez um despedimento colectivo. Pela primeira vez desde que se licenciou em Gestão, Ana inscreveu-se no centro de emprego.
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Tal como ela, a esmagadora maioria das chefias inscritas nos centros do IEFP vem de pequenas e médias empresas privadas. Dos mais de 9.300 quadros inscritos nos centros de emprego, 7.503 foram despedidos de empresas particulares. Só os restantes 1.800 chegam da administração ou de empresas públicas.
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«Os directores e outras chefias, que representam um maior encargo salarial, são os primeiros a serem dispensados», explica o presidente da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME).
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Nuno Carvalhinha sublinha ainda que o despedimento deste tipo de profissionais é, na maioria dos casos, feito para tentar impedir que as empresas fechem as portas, reduzindo os custos com pessoal. «Por isso, estas chefias acabam por não ser substituídas», diz o líder dos pequenos empresários, recordando que há cerca de 20 mil pequenas e médias empresas a decretar insolvência todos os meses.
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Este cenário leva a que se verifique um aumento dos pedidos de ajuda de altos quadros à Deco (Associação de Defesa do Consumidor), para resolverem as dívidas.
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Quadros mais jovens são os preferidos
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A situação tem-se agravado nos últimos anos. Em 2008, o número de chefias no desemprego rondava os 5.100 e representava apenas 1,3%, do total de desempregados. Hoje, há 9.300 directores e administradores inscritos, ou seja, 1,4% do total dos que procuram trabalho (641. 218).
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Os homens a partir dos 35 anos serão os mais atingidos por este desemprego. Mas é sobretudo depois dos 40 anos que, segundo o presidente da associação de pequenas e médias empresas, é mais difícil encontrar colocação.
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«Há pouca oferta e os mais jovens estão mais dispostos a trabalhar por menos dinheiro, durante mais tempo e com flexibilidade de horários» – reconhece Nuno Carvalhinha, lembrando que tem havido uma preocupação do Estado em dar apoios às empresas que recrutam jovens licenciados, com estágios profissionais e isenções para a Segurança Social. «O Estado devia também apoiar as empresas que contratam quadros com mais de 40 anos, que são uma mais-valia pela sua experiência profissional», defende o dirigente.
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Até lá, muitos acabarão por não ter outra alternativa a não ser a de criarem o seu próprio negócio ou emigrarem. Aliás, segundo especialistas em empresa de recrutamento de altos quadros, a situação é «preocupante» porque o mercado não consegue absorver estes quadros. Para muitos a solução é mesmo mudar totalmente de vida.
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O IEFP está a apoiar a criação de novos negócios, dando uma pequena ajuda no investimento inicial. «Mas é preciso que sejam uma alternativa viável. Dos projectos já apoiados pelo IEFP, 70% fecharam nos primeiros dois anos de vida», remata o presidente da ANPME, que faz o acompanhamento destes projectos.
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A criação de um projecto próprio está também a ser estudada por Ana, que ainda não encontrou nada para avançar «com garantias e segurança». Por isso procurar emprego no estrangeiro é cada vez mais a solução. «Já estamos a assistir a uma fuga para outros países fora da União Europeia, como Angola, Moçambique ou o Brasil», diz, lamentando que este investimento e formação se percam.


 

Portugueses poupam 11% do disponivel


Portugueses pouparam 11 euros em cada 100 disponíveis
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 As sucessivas dietas de austeridade e a incerteza em relação ao futuro estão a levar os portugueses a poupar mais.
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Por cada 100 euros do rendimento disponível, colocaram de lado perto de 11 euros entre Junho de 2011 e Junho de 2012, mostram os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados em Setembro e recordados a propósito do Dia Mundial da Poupança, que se comemora nesta quinta-feira.
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A taxa de poupança das famílias aumentou para 10,9%, mais 0,2 pontos percentuais do que nas contas anteriores do INE, relativas ao período entre Março de 2011 e Março de 2012.
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Apesar de a diminuição do rendimento disponível poder limitar a capacidade de poupança, numa altura de austeridade e desemprego elevado, as famílias procuram pôr de lado algum dinheiro. Isso mesmo mostra o indicador da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e pela Universidade Católica em relação aos últimos meses.
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Embora tenha recuado de Julho para Agosto, o indicador voltou a subir em Setembro e sugere que a poupança em percentagem do Produto Interno Bruto está “significativamente” acima da média desde 2000.
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As expectativas de desemprego voltaram a subir em Setembro, o que, segundo a APFIPP e a Universidade Católica, “pode conduzir a um aumento das taxas de poupança por motivos de precaução”. Segundo o Jornal de Negócios, a taxa de poupança atingiu no ano terminado em Junho o valor mais alto desde 2003.
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Ouvido pela TSF, Fernanda Santos, da DECO, diz ser fundamental poupar mesmo num período de crise. E aconselha: “Se as pessoas optassem por levar refeições de casa para o trabalho ou para a escola, podia haver uma poupança de 100 euros por mês”.
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Mil milhões em novas subscrições de PPR
Para além da descida do rendimento das famílias, a redução dos incentivos fiscais e a estratégia da banca estão também a levar a uma queda na procura de PPR, segundo da Associação Portuguesa de Seguradores (APS). O presidente da APS, Pedro Seixas Vale, diz à Lusa que este ano foram feitas novas subscrições de Planos Poupança-Reforma (PPR) no valor de 600 milhões de euros.
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Até ao final do ano, é esperado pela APS que o montante suba para mil milhões de euros. “Desde Maio de 2011, o montante aplicado em PPR geridos pelas seguradoras em Portugal caiu 14%, de 13,8 mil milhões de euros para os actuais 12 mil milhões de euros”, revelou à mesma agência.
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Também o montante aplicado em certificados de aforro continua a baixar. Em Setembro, foram resgatados mais 90 milhões de euros e subscritos 52 milhões, o que resulta numa saída líquida de 38 milhões de euros, mostram dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

Fonte: Jornal Público - Economia

Região do Porto é onde há mais casos de pobreza

A Área Metropolitana do Porto é a região do país com mais casos de pobreza devido ao elevado número de desempregados, disse hoje à agência Lusa o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca.

"A região onde a pobreza é mais dramática e oPobrezande há um grande número de desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), é o Grande Porto", afirmou Eugénio Fonseca, salientando que os níveis de pobreza também são preocupantes na região de Lisboa, na Península de Setúbal e no Algarve.
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"O Algarve tem uma situação grave e que está a agravar-se outra vez, devido ao fim do emprego sazonal", observou.
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Para além de milhares de pessoas que já beneficiavam dos apoios da instituição, a Cáritas Portuguesa está agora a ser confrontada com novos pedidos de ajuda de muitos cidadãos que até há pouco tempo faziam parte da classe média e que têm vergonha de assumir a situação de pobreza em que caíram.
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"Estamos a falar de milhares de pessoas que tinham uma vida estável, que pertenceram à chamada classe média, que estavam bem integradas na sociedade, e que, de repente, ficaram sem trabalho", disse Eugénio Fonseca, notando que algumas destas pessoas "não têm qualquer apoio, devido às alterações no subsídio de desemprego e noutras medidas de proteção social".
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"Estas pessoas quando chegam à Cáritas, quando já caiu esse véu da vergonha, já estão com problemas tão graves que a instituição já não tem capacidade para resolver", reconheceu.
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Eugénio Fonseca acredita, no entanto, que esta realidade poderá está a mudar, porque muitas pessoas começam a perceber que não estão sozinhas e que não são as únicas a ser afetadas pela crise económica que se vive em todo o país.
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"A sensação que tenho é que as pessoas, porque se tem dado tanta evidência a esses problemas, já entenderam que não estão sozinhas e sentem-se mais encorajadas a colocar os seus problemas", concluiu o presidente da Cáritas.
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Norte de Portugal é a região com mais desempregados inscritos em Setembro
O Norte de Portugal registava em setembro deste ano 290.737 desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), sendo a região com mais desemprego de Portugal (42,5%).
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Dados do IEFP do “Desemprego Registado por Regiões”, indicam que o Norte de Portugal registava, em setembro deste ano, a maior taxa de desempregados inscritos do país (42,5%), tendo aumentado mais 20,4% do que em período homólogo em 2011 e mais 0,8% do que no mês anterior.
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A região de Lisboa e Vale do Tejo registou em Setembro deste ano “205.578 desempregados inscritos”, o que equivale a 30,1% do total de desempregados a nível nacional.
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No Centro do país, o IEFP registou 95.321 desempregados inscritos”, o equivalente a 13,9% a nível nacional, enquanto que no Alentejo se registaram 31.530 desempregados inscritos (4,6%), e no Algarve 27.661 (4,0%), lê-se na informação mensal do mercado de emprego.
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O desemprego em Portugal situou-se nos 15,7% em setembro, um recuo de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a agosto, enquanto entre os jovens diminuiu 0,6 p.p. para os 35,1%, indica o Eurostat.
Fonte: Negócios Online

Norte de Portugal é a região com mais desempregados

O Norte de Portugal registava em setembro deste ano 290.737 desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), sendo a região com mais desemprego de Portugal (42,5%).
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Dados do IEFP do "Desemprego Registado por Regiões", indicam que o Norte de Portugal registava, em setembro deste ano, a maior taxa de desempregados inscritos do país (42,5%), tendo aumentado mais 20,4% do que em período homólogo em 2011 e mais 0,8% do que no mês anterior.
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A região de Lisboa e Vale do Tejo registou em setembro deste ano "205.578 desempregados inscritos", o que equivale a 30,1% do total de desempregados a nível nacional.
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No Centro do país, o IEFP registou 95.321 desempregados inscritos", o equivalente a 13,9% a nível nacional, enquanto que no Alentejo se registaram 31.530 desempregados inscritos (4,6%), e no Algarve 27.661 (4,0%), lê-se na informação mensal do mercado de emprego.
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O desemprego em Portugal situou-se nos 15,7% em setembro, um recuo de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a agosto, enquanto entre os jovens diminuiu 0,6 p.p. para os 35,1%, indica o Eurostat.
Fonte: DN Economia

Desempregados na Zona Euro


18,5 milhões de desempregados na Zona Euro, diz Eurostat
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 O desemprego na Zona Euro atingiu diretamente 18,5 milhões de pessoas em Setembro, 11,6 por cento da população ativa dos 17 países, e registou desde Agosto um agravamento de 146 mil pessoas, o maior dos últimos três meses, segundo o Eurostat. Portugal tem a terceira taxa de desemprego oficial mais elevada, Artigo |2 Novembro, 2012 – 02:05 Evolução das taxas de desemprego entre 2000 e 2012 na UE-27 e os 17 países da zona euro.
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A União Europeia no seu conjunto tem actualmente 25,75 milhões de desempregados, correspondentes a 10,6 por cento da população ativa, o que traduz um crescimento num ano de 0,8 pontos percentuais . O crescimento anual na Zona Euro foi de 1,3 pontos.
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O relatório sobre o desemprego foi divulgado numa conjuntura em que cinco países estão oficialmente em recessão – Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Chipre – em que a Bélgica só não está tecnicamente porque a estagnação no último trimestre evitou a conjugação de dois trimestres negativos consecutivos e em que se aguarda a declaração de toda a Eurozona em recessão em meados de Novembro.
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O desemprego em Espanha atingiu já os 25,8 por cento, ultrapassando todas as estimativas, mesmo as mais pessimistas, que previam a entrada nos 25 por cento apenas no natal. A Grécia não tem resultados oficiais de desemprego desde Julho, quando a taxa oficial foi de 25,1 por cento.
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Os países mais atingidos pelas medidas de austeridade impostas por Berlim através de Bruxelas e do FMI são precisamente aqueles em que a taxa de desemprego mais cresceu no espaço de um ano. De 22,4 para 25,8 por cento em Espanha entre Setembro de 2011 e o mesmo mês de 2012; de 17,8 para 25,1 por cento na Grécia entre Julho de 2011 e Julho de 2012; e de 13,1 para 15,7 por cento em Portugal de Setembro a Setembro.
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A taxa de desemprego mais baixa na Zona Euro regista-se na Áustria, 4,4 por cento; Alemanha e Holanda estão com 5,4 por cento, mas trata-se de países em que as “reformas estruturais” têm vindo a institucionalizar há mais tempo o sistema de precariedade de emprego.
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De Agosto para Setembro 169 mil pessoas entraram no desemprego no conjunto dos 27 da UE, 146 mil das quais na Zona Euro.
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O desemprego de jovens abaixo dos 25 anos afeta diretamente 5,52 milhões de pessoas na União Europeia, 3,52 milhões das quais na Zona Euro.
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A Espanha atingiu já os 54,2 por cento de desemprego entre os jovens; a Grécia tinha em Julho 55,6 por cento e Portugal regista 35,1 por cento

 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Número de desempregados a emigrar aumenta 45% até setembro

Número de desempregados a emigrar aumenta 45% até setembro


O Instituto de Emprego e Formação Profissional revelou hoje que o número de desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 45,4% até setembro.
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De acordo com os dados enviados à agência Lusa pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), até setembro, o número de desempregados anulados por emigração subiu para os 24.689, dos 16.977 observados em 2012 e dos 10.962 em 2008.
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Só em setembro, o número de desempregados que se apresentaram nesta situação disparou 48,9% em termos homólogos, num total de 2.766 pessoas.
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Os registos do IEFP sugerem assim que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores que se encontram numa situação de desemprego.
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No entanto, o instituto público lembra que as anulações com base em emigração «são um apuramento realizado pelo IEFP com base numa indicação dos próprios inscritos», pelo que devem ser tidas em consideração as limitações destes dados.
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De acordo com os dados mais recentes do Eurostat, o desemprego em Portugal situou-se nos 15,7% em setembro, um recuo de 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a agosto, enquanto entre os jovens diminuiu 0,6 p.p. para os 35,1%.
Fonte: TSF