quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O desemprego nos lares portugueses


A Kantar Worldpanel já disponibiliza um estudo que mede o impacto que o grupo de desempregados tem no FMCG, explicando como se adaptaram e como evoluíram na sua relação com o FMCG, em termos de abandono ou reforça de categorias, marcas e insígnias.
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Portugal atingiu no último mês de Junho 15,4% de desempregados, representando 14.9% dos lares portugueses e correspondendo a 14.7% do valor total gasto em FMCG, no primeiro semestre de 2012. .
A diminuição da frequência de compra e a compra média por ato desses lares de desempregados diminuiu, enquanto que no total Portugal, a compra média por ato manteve-se, embora a frequência de compra também tenha diminuído.
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O perfil dos lares de desempregados corresponde a habitantes do Grande Porto, que pertencem às classes média e baixa, cujas famílias são numerosas (com quatro pessoas ou mais) e, sobretudo, casais com filhos.
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Os lares de desempregados compram mais MDD’s que a média nacional. Enquanto que no primeiro semestre de 2012 o peso em valor das MDD’s para o total Portugal foi de 38.4%, nestes lares atingiu os 41.7%. A insígnia onde mais compram é o Lidl.
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Conhecer o impacto do desemprego no comportamento de compra de FMCG é muito importante para qualquer marca, sendo que aquele pode afetar o desempenho desta, sobretudo porque este grupo é cada vez mais representativo. Veja-se o exemplo da Mimosa iogurtes: no total Portugal esta marca perde em valor entre 2% e 5% em lares com “desempregados há mais de um ano” e perde mais de 5% no total Portugal, embora nos “lares com desempregados há menos de um ano” consiga crescer acima dos 5%. As MDD’s de iogurtes têm um comportamento idêntico aos iogurtes Mimosa em “lares com desempregados há menos de um ano”, crescendo acima de 5% em valor, mas mantém-se estáveis tanto no total Portugal como nos lares “desempregados há mais de um ano”.

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